Esta noite sonhei com você. Foi um sonho lindo, maravilhoso (termos frescos estes, não?), você tinha só que ver. Sonhei que estávamos de férias.
Não, não estávamos de férias da faculdade, do trabalho ou algo assim: estávamos de férias do mundo. No meu sonho, estávamos os dois aqui em casa, deitados naquela minha rede velhinha do Flamengo (tá, eu sei que você é vascaína, mas o sonho era meu, pô!). A rede tava armada na sala, em frente à tv. Assistíamos Across the universe, ótimo musical, você deveria ver isso acordada. Estávamos na rede, eu só com meu short de pijama, você apenas de calcinha e sutiã, assistindo o filme e tomando sorvete.
Como é? Não, o pessoal aqui de casa tinha sumido, claro. Esqueceu que eu disse que tiramos férias do mundo? Pois é… Não havia nada, nem ninguém, pra incomodar a gente. Quer dizer, só eu que talvez estivesse incomodando seus ouvidos quando me empolgava com o filme e inventava de cantar… Tinhas que ver sua cara, o modo como você ria de mim enquanto eu cantava coisas como don’t let me down, all my loving, It won’t be long entre tantas outras… Ver você se dobrando de rir na rede enquanto eu cantava só me estimulava a continuar.
Você imagina o restante, não? A brincadeira tava boa, você rindo, eu me divertindo bastante e, como sempre nessas horas em que a infância parece voltar e há comida por perto, você enfiou a mão no balde de sorvete e jogou na minha cara, me lambuzando todo. Eu, claro, não gostei muito e fiquei sério. Fui pegar uma toalha pra me limpar. Você, arrependida, veio logo atrás, pedindo desculpas, me abraçando, dizendo “fica assim não, ‘tavinho…”… Claro que aprovei isso pra te derrubar no meu colo, fazer um pouco de cócegas e assanhar todo o seu cabelo (eu sei que você adora isso, embora diga que não). Daí começamos a nos beijar. O fato de você estar quase completamente nua, alí, como em tantas outras vezes, me deixou louco de tesão. Percebi que você também estava quando passei a mão na sua barriguinha, dava pra ver teus pêlos se eriçarem. Sem parar de te beijar, ficamos em pé. Te puxei pra canto da parede, coloquei uma mão na tua cintura e a outra na nuca, segurando um pouco forte com esta última, mas ainda assim de modo bem delicado, pra evitar machucar, sabe? Puxei um pouco teu cabelo, te forçando a inclinar a cabeça, o que deixou teu pescoço completamente exposto… Dei umas lambidas leves nele, em ambos os lados, depois desci um pouco, pelo meio até próximo dos seios… É, daquele jeito que sei te deixa doidinha… Bem no meio, sem pender pra lado nenhum, dando uma leve mordidinha… Nisso você conseguiu soltar a cabeça e começou a chupar minha orelha, a enfiar a língua em meu ouvido… Peguei novamente teus cabelos, repeti a puxada e comecei a subir novamente… Parei no teu queixo, mordendo de leve… Dava pra sentir que você estava louca, pois a maneira que esfregava teu corpo no meu revelava tudo… Daí, fastei um pouco, te coloquei na minha frente e, te abraçando por trás, fomos até o quarto…
E este foi meu sonho. No momento em que chegava ao quarto, acordei. Pena, não é? Pois foi assim mesmo: sonhei tudo isso e acabei de acordar. Por isso tô te ligando. O que acha de passar aqui em casa pra realizarmos o sonho?
-- João Octávio que, apesar de estar ficando velho, ainda acha que sabe como dar prazer a uma mulher.